Toda a camada operacional importa, mas…
Se você pretende trabalhar com Planejamento de Comunicação, saiba que o ponto mais importante a se considerar é que não é uma profissão de respostas rápidas.
Planejamento é uma profissão de perguntas, não de respostas.
Planejamento de Comunicação é uma profissão de questionamentos.
Muitos desses questionamentos, não podem ser respondidos ou encontrados facilmente com ferramentas ou hacks.
Aliás…
Honestamente, se você quer trabalhar com planejamento, acho bom abandonar qualquer expectativa sobre a mentalidade de hacks e fórmulas desenhadas em mão única, extraídas em .pdf qualquer na sua ferramenta favorita.
Importante…
Toda a camada operacional importa, mas é apenas, com diz o próprio nome do nível a qual representa: operacional. É um exercício que não demanda inteligência alocada, e que em breve será facilmente automatizada.
E se você se prender exclusivamente aos processos operacionais, você será substituído.
A camada operacional do Planejamento Estratégico de Comunicação é parte de um processo trivial que a nossa mente já haverá planejado, usando a inteligência que realmente importa: a emocional.
Planejamento é um modo de pensar que exige repertório. Logo, exige a sensibilidade emotiva do planejador.
É como se fosse uma banda de garagem que começa a ensaiar com o sonho de entrar em uma van antiga e sair em turnê pelo mundo. A banda consegue visualizar e sonhar com o futuro, desconhece os efeitos, desvios e fracassos da trajetória, mas precisa ter empenho e foco no presente. Nos ensaios.
Porque o show, fora de quarentena, sempre acontece no mundo real. E por maior que seja a embriagues da plateia sobre várias telas, ainda são seres emotivos
Deixando os palcos de lado e trazendo para a realidade da profissão, uma boa definição sobre Planejamento é que com ele nós desenvolvemos a habilidade de prever o futuro, estudando o passado para colher no futuro.
Deixando os palcos um pouco de lado e trazendo para a realidade da profissão, uma boa definição sobre Planejamento é que com ele nós desenvolvemos a habilidade de prever o futuro, estudando o passado para colher no futuro.
Essa frase resumo muito bem a metodologia central dos três níveis de importância de cada fase e modo de pensar em um projeto maduro de Planejamento Estratégico de Comunicação.
Falando em habilidades, acho que podemos considerar que existe uma vasta camada que poderia ser explorada por aqui, mas vamos nos focar em apenas uma.
Se nós, do Programa Digital Planners, pudéssemos escolher uma única habilidade para destacar como obrigatória, essa habilidade – ou skill, se preferir –seria algo que todos podem praticar, mas nem todos praticam: a observação.
E sabe porque nem todos estão praticando a habilidade de observar?
Excesso ao consumo e acesso a informações vazias, notícias duvidosas e vida de alheia.
Excesso de internet.
Excesso de feed.
Excesso.
Você não deve negligenciar a sua participação nas redes sociais. Elas são ferramentas importantíssimas para o crescimento da sua imagem profissional.
Se usadas de maneira moderada, estratégica e objetiva, são ferramentas que podem contribuir bastante com seus estudos e desenvolvimento. Em especial o desenvolvimento a longo prazo.
OK, mas nem só de estudo vive o profissional de planejamento. E é aí que a maioria tende a se equivocar. Para ser um bom planejador, você precisa saber a hora de parar de estudar e começar a explorar o cotidiano.
O cotidiano é a maior escola do planejador. É no cotidiano que as coisas acontecem.
É no cotidiano que as pessoas são quem realmente são.
Não existe filtro no cotidiano. Pelo menos por enquanto.
OK. Estamos em uma pandemia e essa “exploração cotidiana” é dificultada. Mas nem por isso você precisa se entupir de internet.
Aqui é bom lembrar que já ressaltamos que os desafios são sempre imprevisíveis. Como na banda que sai em turnê.
Por isso a habilidade de observar é rara. É ela quem vai dizer pra você mesmo o seu nível de excesso. É ela que vai te dizer se você está com as rédeas da sua carreira ou é o ambiente de terceiros que está ditando esse caminho.
Desde que você deixa o excesso e a tecnologia guiar as suas atividades, isso passar a ser prejudicial.
Prejudicial ao seu senso de observação crítica e ao seu desenvolvimento. Você passa interpretar a realidade de maneira distorcida.
Vira refém de escolhas das outras pessoas, algoritmos.
Em resumo, perde o seu senso de observação, sem perceber.
Começa a consumir conteúdo batido no liquidificador, feito para você e embalado para que você continue sem esse senso de observação. Por isso, fica aqui o nosso apelo e convite, como sempre, a algumas reflexões:
O quão observador você está se tornando?
Qual o nível de excesso você está envolvido?
Você conseguiria planejar sem usar a internet?
Se você leu até aqui, muito obrigado pelo seu tempo e até o próximo conteúdo.
One response
[…] já dissemos por aqui, planejamento não é uma profissão que deve ser vista como uma profissão de respostas, mas, sim, de perguntas. Muitas, por […]