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Planejamento Estratégico

O macroambiente ou ambiente contextual

Heijden (2004), distingue os ambientes em dois tipos: contextual ou macroambiente, e relacional ou microambiente. Conseguir visualizar e entender as nuances que compõe cada um dos ambientes é um diferencial e tanto quando o assunto é análise de ambiente avançada no planejamento estratégico.

Vamos conhecer um pouco mais desses ambientes e tentar desmistificar de maneira simples as suas principais características, começando pelo macroambiente. 

Ainda não abordaremos ferramentas ou métodos específicos para o desenho dessas análises, mas pode deixar no seu radar o nome de  uma das principais metodologias usadas para uma boa análise de ambiente: PESTEL. Em breve falaremos dela detalhadamente.

Poder de influência e potencial competitivo

Com limitada influência da organização, o macroambiente é considerado um ambiente genérico e que tem poder de influenciar todas as organizações. Sempre que você estiver desenvolvendo uma análise de macroambiente, tenha isso em mente. 

Uma boa estratégia de análise de macroambiente consiste em identificar diretrizes e esforços que possam otimizar os recursos disponíveis – em áreas específicas e seguindo o contexto foco –  para ações que mantenham a organização como participante concorrente e usufrua de todo potencial competitivo disponível ao mercado em questão. 

O planejamento estratégico que olha para a organização como um organismo pertencente ao macroambiente tende a consolidar melhor uma caminho para que a “saúde” e o sucesso da empresa se construa por meio de ações internas controláveis, ditadas por regras de movimentos vindos de um ambiente externos incontrolável. Ou seja, o macroambiente. 

Veja no gráfico abaixo a representação simplificada da dimensão e interação entre as principais diretrizes que compõem o macroambiente. 

Fonte: Planejamento Estratégico – fundamentos e aplicações. Da intenção aos resultados. Figura 4.1 – Pg.80

Fica de recomendação que, neste momento, você não se prenda em entender cada uma das diretrizes e suas interações. Isso pode se tornar uma tarefa desgastante para uma etapa inicial. Se fizer isso, vai entrar em um limbo de conteúdos complexos e pouco aplicáveis no seu diagnóstico. 

Lembrem que teoria, conceito e aplicação devem fornecer insumos práticos sobre as decisões de médio e curto prazo. Caso contrário, seu trabalho poderá tornar-se uma grande pesquisa de campo sem aplicação prática. Em alguns casos, um material necessário e valioso, no entanto, não para a fase inicial de um diagnóstico. 

Analisar e decidir

A regra básica para qualquer processo de planejamento é perguntar-se: que tipo de decisão eu posso tomar com os dados coletados na análise? 

A resposta para essa pergunta, eventualmente, vai te fornecer direcionamentos mais objetivos na construção de suas análises. E, quando o assunto é planejamento estratégico, o jogo de cintura entre conceito, contexto e decisão precisam ser levados a sério.

É muito importante conhecer bem esse mapa de dimensões, sim, mas como cada empresa é um organismo vivo e que opera em diferentes situações contextuais, o ideal é que você tenha esse assunto como tópico importante na manga quando for desenvolver seus diagnóstico e, a partir de um determinado contexto, vá se aprofundando.

Específico, claro e mensurável

O assunto pode ser menos complexo quando se tem um objetivo de estudo específico, claro e mensurável, e que te permita eliminar os excessos sem apego.

Nem sempre você vai conseguir ter esses tópicos no início do processo, mas seguir esse caminho norteado por um deles, já é um excelente inicio.

Por isso, reserve um tempo para estudar e ler mais sobre o assunto, mas não se prenda a isso no diagnóstico. Conhecendo e limitando suas análises aos principais indicadores já será um excelente caminho a trilhar.

Fica como indicação de leitura o livro: “Planejamento Estratégico, fundamentos e aplicações. Da intenção aos resultados.” dos autores Idalberto Chiavenato e Arão Sapiro. Que, inclusive, tem sido a nossa base estrutural para a formação dos nossos estudos.

Voltando aos principais indicadores relacionados ao macroambiente, listo os mais importantes:

Principais Indicadores do macroambiente

  • Ambiente Demográfico
  • Ambiente Econômico
  • Ambiente Político/Legal
  • Ambiente Cultural
  • Ambiente Tecnológico
  • Ambiente de Recursos Naturais (Meio Ambiente)

A importânica do mapeamento de macroambiente

Neste momento, você deve estar se perguntando: qual a real importância de se mapear o macroambiente com tantos detalhes.

Reconheço que isso pode parecer complexo demais a nível administrativo, pouco focado em planejamento de comunicação e pouco aplicável no dia a dia.

E se você chegou a esse questionamento, sim, eu concordo com você. Por isso, fica uma super dica extra: para que suas análises de ambiente sejam realmente estratégicas, ter um aliado com formação na admistração seria um diferencial e tanto. Pois, como nosso foco é planejamento estratégico de comunicação e marketing, que mesmo tendo suas raízes na administração, precisa também direcionar boa parte dos esforços para características subjetivas vindas de outros estudos relacionados a marca e comportamento, que o perfil calculista da visão administrativa muitas vezes acaba negligenciado. 

Resumindo: lembrem-se, comunicação e, acima de tudo, uma ciência humana. Que pode – e deve – ser analisada de maneira calculista, desde que exista um  equilíbrio entre as outras áreas e disciplinas de estudos necessários para sua análise.

Exatamente por isso ressaltei que a fase inicial de um diagnóstico é uma fase que demandará uma visão estratégica mais apurada.

Quando você têm o mínimo de conhecimento de cada uma dessas diretrizes, e consegue delimitar indicadores sensíveis relacionados a eles, seu planejamento conseguirá definir os caminhos para melhores decisões, embasadas na vantagem competitiva que o ambiente te apresentou.

Uma outra pergunta muito comum, é: mas será realmente necessário tamanho detalhamento em análises para empresas de qualquer porte? Na minha opinião, não. 

No entanto, se você tiver o conhecimento não será pego de surpresa quando for necessária uma visão realmente estratégica.. Muito se usa o termo estratégia hoje em dia, pouco se aplica o que ele realmente significa. 

A boa análise pode ser simples

Em resumo, é bem provável que você realize poucos diagnósticos com análise que vão demandar o estudo complexo e um aprofundamento em cada uma dessas diretrizes. 

Muitas vezes, o básico já entregará uma boa análise. Especialmente para pessoas que atuam com consultoria. Um perfil que como o próprio nome diz: é consultivo. Um perfil que estará em constante “investigação” sobre essas questões nas análises.

Inclusive, já ressaltei a importância de não considerar uma análise de ambiente um documento de gaveta, no qual você desenvolve e guarda.

Uma análise de ambiente precisa ser revisada e modular. Em outras palavras, uma ela é viva. Mesmo que as revisões sejam anuais ou semestrais, ainda sim, precisam ser feitas.

Normalmente, como dito, essa é uma demanda atrelada ao papel da figura do consultor, aliado a outros prestadores de serviços como agências de publicidade, setores de marketing e áreas específicas dentro da própria empresa. Raramente você vai trabalhar sozinho nessa fase. Ou pelo menos não deveria.

Por fim, e agora conhecendo um pouco mais das principais diretrizes e características do ambiente contextual, ou macroambiente, deixo uma tarefa para você, leitor: busque estudar sobre os principais tópicos que falamos por aqui e como desenvolvê-los fazendo uma pergunta única para cada um deles:

Qual a influência o fator (____insira_o_idicador_____) causa na empresa ou marca que estou analisando?

Recapitulando os principais indicadores:

  • Demográfico
  • Econômico
  • Político/Legal
  • Cultural
  • Tecnológico
  • Recursos Naturais (Meio Ambiente)

 
Se você conseguir responder essa simples pergunta, começará a encontrar caminhos bem estruturados e estratégicos para o desenvolvimento da análise de ambiente no seu diagnóstico.

No próximo conteúdo conheceremos um pouco mais sobre o ambiente relacional ou microambiente.

Se você leu até aqui, parabéns, obrigado pelo seu tempo e até o próximo estudo. 


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