Planejamento Estratégico de Marketing Digital, talvez, não seja tão simples.

Planejamento Estratégico de Marketing Digital: esta, talvez, seja a junção de palavras mais usada (e menos compreendidas) atualmente pela comunidade atuante no mercado da comunicação. Menos compreendida por empresas que contratam, por entusiasta e até mesmo veteranos vindos de áreas diversas.
Desconsideram o sentido de cada palavra e suas funções em prol de uma abrangência intelectual que, em muitos casos, inexiste no repertório da pessoa que se aventura a vender essa junção de palavras como solução de negócio.
O segredo é mostrar alguns frameworks que envelhecem, ou “matam” métodos, seguido de uma nova visão inventada e sem comprovação cientifica sólida. Prometer métodos ágeis que dobram o faturamento faz parte do modus operandi da venda incompreendida, da junção dessas palavras como solução para o sucesso de qualquer empresa.
Aliás, prometer o sucesso de um negócio, mesmo sem conhecer o mínimo sobre sua estrutura. É característica do tipo de pessoa que vende o famoso planejamento estratégico de marketing digital, novamente, sem muitas vezes compreender que cada palavra responde por um núcleo importante, e que demandará habilidades específicas diferentes para os resultados serem alcançados.
No entanto, é mais fácil colocar tudo no mesmo discurso pra não parecer que não sabemos de algo, porque nesse mercado é raro alguém não saber de algo. Todos sabem tudo. Pelo menos até o primeiro desafio na linha de frente de uma batalha chamada: mercado.
É como escutei outro dia, de um desconhecido: dá até pra fingir que conhece os métodos, mas não dá pra fingir aplicação.
Neste ponto, quando questionado, o cara que vendeu tantas soluções e sucesso rápido, vindo da junção dessas palavrinhas, imediatamente se defenderá jogando a culpa, adivinha em quem? Em quem ele não conseguiu entregar o que prometeu: o cliente. E em casos mais graves, não consegue uma união madura com o cliente para chegarem a uma solução.
Não é que não exista cliente sem noção. Existem e não são poucos. Mas quando a matemática precisa somar um cliente sem noção, com um vendedor de falácias… bom, o resultado é uma equação que nem um dos dois lados conseguirá resolver.
O lado bom é que, talvez, e reparem que estou usando a palavra talvez muitas vezes neste texto, e isso é proposital. Porque, talvez, eu esteja apenas usando esse momento de reflexão para reclamar de algo comum no mercado que estou há alguns bons anos apanhando (e ainda apanho). Porque, talvez, a solução seja simples e complexa ao mesmo tempo.
Simples porque você pode começar a entender do que vende. E complexo que, para isso, precisará estudar muito. Estudar constantemente. E não perguntar ao chat Gêpeto. Que, ironicamente, é o nome do personagem que criou o boneco Pinóquio.
A inteligência artificial, sem sombra de dúvidas, veio pra somar. Explore. No entanto, se você delega funções básicas cognitivas a ela, talvez, e, novamente, talvez; você esteja no grupo que vende soluções que nem mesmo você acredita serem tão úteis. Eu ainda sou o tipo de pessoas que prefere perguntar para as pessoas. Elas têm vivências profissionais, no mundo real, que nenhum acumulado de recortes semânticos, terá. Por mais trágico que seja o futuro que estamos construindo, o mundo real ainda pode ser uma ferramenta fascinante para o nosso desenvolvimento enquanto ser humano pensante.
E você sabe disso.
Obrigado pela atenção e aproveite o transtorno.
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