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Planejamento Estratégico

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Por que conhecer as três principais filosofias do planejamento estratégico?

Após estudarmos um pouco sobre os princípios gerais e específicos do planejamento, é hora de aprender sobre alguns embasamentos filosóficos dominantes encontrados na maioria dos processos da profissão.

Lembrem-se: conceitos teóricos e filosóficos sempre passarão por uma interpretação individual. Os próximos parágrafos que você vai ler nesse conteúdo não devem ser seguidos como se fossem escritos em pedra. Muito menos como verdades absolutas.

Comunicação é, acima de tudo, uma ciência humana.

Em todo processo de aprendizado teórico, recomendamos a prática ativa de questionamentos sobre os temas e conceitos abordados. Pois se existe uma característica que todo profissional de planejamento precisa ter, é a de questionar.

Mesmo que estejamos tratando de teorias e estudos clássicos, comprovados cientificamente, a comunicação sempre será um organismo vivo e em constante adaptação ao seu meio e ao comportamento humano.

Ampliando seu repertório de conhecimento sobre planejamento estratégico

Considere todos estes estudosque você vêm se dedicando como uma forma de aprimoramento e desenvolvimento pessoal, antes mesmo de profissional. Essa, sem dúvida, é uma boa maneira de “encarar” qualquer jornada de estudo que envolva questões filosóficas. Seu repertório conta muito na soma do aprendizado.

Feito as devidas considerações, é hora de conhecermos um pouco de uma das três principais filosofias em torno do planejamento estratégico, nomeado por Ackoff (1974), a filosofia da satisfação.
Nos conteúdos das próximas semanas, abordaremos também sobre a filosofia da otimização e, logo em seguida, a terceira e última das filosofias, a filosofia da adaptação.

Conhecer esses três preceitos filosóficos é uma ótima maneira de te fazer compreender como uma empresa pode ter diretrizes identificáveis logo no início do processo de planejar, facilitando sua compreensão e lhe direcionando para o melhor caminho a ser tomado como planejador em busca dos melhores resultados.

A filosofia da satisfação

A filosofia da satisfação no planejamento estratégico considera importante mantermos uma certa cautela na aplicação de esforços, visando o mínimo de riscos possível.

Para ilustrar de maneira simples, podemos dizer que a filosofia da satisfação é como aquela famosa expressão popular diz: “feito é melhor que perfeito”.

Priorizamos nesse conceito a ideia de que “fazer suficientemente bem”, “mas não tão bem quanto possível” é um caminho a se trilhar como efeito satisfatório ao desenvolver um planejamento.

Decisões mais estratégicas, seguindo a filosofia da satisfação no planejamento, considerarão, por exemplo, um nível de esforço mínimo necessário para se concluir e alcançar qualquer objetivo que seja definido.

Uma visão filosófica bastante promissora, pois evita que caiamos nas armadilhas da procrastinação por conta do perfeccionismo. A própria ideia dos conceitos em torno dos métodos ágeis mais atuais trabalha seguindo um pouco essa ideia.

Um conceito focado em sobrevivência e aprendizado inicial sobre o planejamento e suas funções na empresa, se podemos assim dizer.

Reduzindo os riscos do que for planejado com objetivos realistas

Na filosofia da satisfação, todo processo de planejamento é definido delineando objetivos mais factíveis possíveis. Normalmente são objetivos definidos pelo nível estratégico da empresa.

Tanto os objetivos quantitativos, quanto os qualitativos, passam por um processo de entendimento e senso comum entre os decisores, para que as metas sejam as mínimas viáveis e atingidas de maneira mais realista. 

Seria como subir uma escada degrau por degrau, sentindo o cansaço do corpo, e pensando como podemos performar melhor na próxima subida, sem exceder o seu limite de fôlego.


O importante é entendermos que esse processo mais realista e cadenciado tem um objetivo importante: evitar o conflito entre as várias metas que a empresa tem, direcionando melhor o caminho de desenvolvimento que o negócio precisa seguir.

Como citado anteriormente, a filosofia da satisfação é bastante promissora. Pois, seguindo essas condições, o profissional de planejamento direcionará os recursos de maneira mais realista, por considerar os objetivos mais aceitáveis possíveis, encontrando menor resistência ou desentendimento  entre outras áreas. 

A filosofia da satisfação precisa ser temporária

A filosofia da satisfação no planejamento faz com que tenhamos um perfil de planejamento que tende – pois mais que tenhamos ressaltado que ele possa ganhar certa agilidade em alguns processos – sistematicamente falando é uma filosofia que tende a ser mais conservadora, pois irá trabalhar com planos mais tímidos e menos ousados durante todo o processo, não se afastando muito das práticas comuns da empresa. 

Se existe algo que hoje em dia (2023) que precisamos levar em consideração em qualquer processo de planejamento: é a capacidade de adaptação sobre riscos de mudanças estruturais em uma empresa.

O que a filosofia da satisfação não permitirá, pois ao trabalhar com planos mais tímidos e em sinergia com as estruturas organizacionais da empresa, muitas boas oportunidades podem passar despercebidas. Tanto devido ao foco excessívo em pequenos objetivos delineados de maneira tímida, quanto pelo medo de arriscar em inovações futuras.

Para finalizar o nosso raciocínio sobre a filosofia das satisfação no planejamento, vamos categorizá-la segundo o próprio Rebouças (2018, p.10): 

“Essa filosofia é, normalmente, utilizada em empresas cuja preocupação maior é com a sobrevivência do que com o crescimento ou desenvolvimento.”

Planejamento Estratégico: em time que está ganhando não se mexe?

É um comportamento muito comum em empresas que estão sempre mais preocupadas com o lucro do que com o aprendizado no desenvolvimento de um planejamento estratégico. A resistência parte do pressuposto que segue o dito popular “em time que está ganhando não se mexe”.

O problema é que em um cenário tecnológico em constante mutação, manter-se na defensiva, seguindo os princípios da filosofia da satisfação, pode fazer com que a empresa perca mercado e, consequentemente, lucro. E empresa sem lucro, mesmo que tenha vontade e iniciativa para sair do campo da sobrevivência, não terá recursos para ser suficientemente competitiva, correndo o risco de estagnação e, em um cenários mais catastrófico, deixar de existir.

Mesmo assim, não devemos desconsiderar o pensamento acerca da filosofia da satisfação, pois ela tem seu valor.

Ainda segundo Rebouças(2018, p.11): 

“… tal filosofia pode ser muito útil quando a empresa inicia o aprendizado do processo de planejar, mas ela deve ser abandonada à medida que a empresa se aperfeiçoa no referido processo.”

Conclusão e importância do conteúdo:

O ponto mais importante de qualquer conteúdo filosófico, em qualquer área da vida, é despertar o interesse da pessoa em questionar e aplicar uma visão crítica sem julgamentos sobre o assunto.

O embasamento filosófico no planejamento te fará um profissional mais inquieto e, ao mesmo tempo, conhecedor de questões que podem ser cruciais no momento de tomar decisões importantes na sua vida profissional enquanto atuante no mercado da comunicação.

Especialmente por estarmos falando de planejamento de comunicação e marketing, uma profissional de perguntas, não de respostas.

Se você leu até aqui: parabéns e obrigado pela sua atenção.
Até o conteúdo da semana que vem.


Ponto importante sobre essa série de conteúdos: ela será revisada com frequência para que possamos, sempre que houver necessidade, melhorar ainda mais nossa compreensão, ou para realizar adaptações mais coerentes com os tempos atuais. Sempre que houver alguma atualização avisaremos em nossas redes sociais.


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